Vale a pena ser “veggie”?
Caro leitor,
este é um assunto ainda não abordado aqui no blog, porém cada vez mais questionado! Seja por ideologia ou por saúde, existem cada vez mais pessoas que optam por não comer produtos de origem animal.
VEGETARIANO
Alguém que se alimenta basicamente de grãos, sementes, vegetais, cereais e frutas, com ou sem o uso de laticínios e ovos. Os vegetarianos excluem o uso de todas as carnes animais, incluindo peixe e frango. Embora sejam correntes algumas definições mais abrangentes, como semi-vegetariano, pixo-vegetariano ou flexitariano, que incluem dietas com consumo esporádico de peixe ou marisco, tais conceitos não são um tipo de vegetarianismo.
Segundo o site do Centro Vegetariano, podemos definir vários sub-tipos de vegetarianismo:
História & Factos Globais
Em termos científicos sabemos que os alimentos de origem animal são de facto mais oxidantes e acidificantes do que os de origem vegetal, pelo seu teor em proteínas, gorduras saturadas, colesterol, ferro e homocisteína. A nossa história dos últimos séculos ditou um enorme crescimento do consumo de alimentos de origem animal e seus derivados. Com o desenvolvimento da indústria, o ser humano deixou de ter a sua “própria criação” de animais, para numa simples ida ao supermercado ter todo o tipo de variedade, graças à exploração agro-pecuária.
Mais:
Para além do impacto ambiental que a exploração de animais traz (pegada ambiental), devido à massiva produção de CO2 (dióxido de carbono) e à produção de resíduos para o solo, assistimos à excessiva exploração dos recursos marítimos, pondo em causa diversas espécies.
Não ficamos por aqui: a crescente população humana no mundo é exigente, pelo que a indústria responde com mais exploração, técnicas mais rápidas de crescimento e maturação (a que custo para a nossa saúde?), introduzindo novos químicos, para que se faça “mais em menos tempo”. Portanto, o que estamos a comer tem cada vez menos qualidade nutricional, principalmente vitaminas e minerais, mas, por outro lado, maior presença de fármacos e outros químicos.
Já não vamos explanar sobre o sofrimento infligido aos animais, que são criados em condições indignas e de sofrimento… para isso sugerimos os documentários reunidos pelo site Made by Choices sobre os quais vale a pena refletir.
Base científica
Após este parágrafo que leva muita gente a mudar a sua ideologia e assim as suas escolhas, voltamos ao impacto sobre a saúde:
Foi em 2016 que a Organização Mundial de Saúde difundiu a sua posição num parecer sobre o consumo da carne vermelha, com base nos estudos da IARC (International Agency for Research on Cancer ). Portanto, classificaram o consumo de carne vermelha como potencialmente cancerígeno e dos seus derivados (ex. enchidos e charcutaria) como cancerígenos.
Apesar dos vieses causados por outros aspetos do estilo de vida, por exemplo, um indivíduo que consumo muita carne vermelha pode, em simultâneo, comer poucos hortícolas e ser sedentário, assim o potencial cancerígeno advirá de consumir carne ou poucas verduras e frutas?
Porém, parece não haver dúvidas de que um elevado consumo de carnes vermelhas e processadas, além de um baixo consumo de frutas e vegetais, assim como o sedentarismo, propiciam o aparecimento de doenças crónicas e mortais como o cancro e as cardiovasculares.
Deste modo, mesmo que não pretenda ser totalmente vegetariano pondere reduzir o consumo de carnes vermelhas, privilegiando as brancas, os peixes e as proteínas vegetais.
O vegetarianismo e o pH
Outro ponto a favor do vegetarianismo está na relação entre diversos cancros e doenças crónicas com o potencial ácido-base dos alimentos (pH – potencial de hidrogénio). Este é um assunto realmente na moda! Quem ainda não se cruzou com “a dieta do pH”? Mas terá justificação científica? Tem sim!
Voltando ao vegetarianismo:
Sim, os alimentos vegetais são muito mais ricos em antioxidantes e promovem um ambiente intestinal mais alcalino, o que se reflete diretamente na digestibilidade, absorção e até na excreção urinária!
Ainda assim, não são apenas as carnes que promovem um ambiente acidificante e “gastam” mais antioxidantes. Também as gorduras hidrogenadas, os açúcares, o sal, os aditivos alimentares (E’s), o desporto, o sol, o stress, as “noites mal dormidas”… são promotores de oxidação! Por todos estes motivos, é essencial que “corte” nos alimentos acidificantes e facilite a vida ao seu fígado e rim, consumindo alimentos frescos ou pouco processados, especialmente frutas e vegetais.
Se, de facto, deseja optar por esta via alimentar consulte um nutricionista e faça um workshop de culinária vegetariana! Há tantos, tão acessíveis, que lhe mostrarão como é fácil, delicioso e barato cozinhar veggie!
Em jeito de conclusão:
Sim vale a pena ser vegetariano, nem que seja de 2ª a 6ª-feira (flexitariano)! Pela sua saúde e pelo planeta!