5 Alimentos que “incham”!
Como vai caro leitor?
Sabemos que nem tudo o que faz bem, sabe bem, ou vice-versa. Porém, existem alimentos considerados saudáveis, que podem causar sintomas bastante desagradáveis, especialmente em tubos digestivos mais sensíveis.
Por vezes sente-se inchado, com dificuldade em digerir? Pode ser destes alimentos:
Ainda no último artigo dissemos que estão no TOP5 dos alimentos mais ricos em vitamina C!
É verdade, a família das couves (brassicas) têm propriedades muito saudáveis para a saúde humana: São pouco calóricas, contêm mais de 90% água, alguns açúcares naturais, carotenos, ácido fólico, vitamina C e K, cálcio, potássio e bastantes fibras! O problema está exatamente aqui – nas fibras. Estas são bastante fermentáveis pela flora intestinal o que aumenta a produção de gases no cólon. Além disso, as couves são especialmente ricas em enxofre, característico pelo seu cheiro quando são cozidas ou se estragam. Também o enxofre é responsável pela fermentação intestinal e consequente produção de gás metano.
Podemos dizer que, no geral, todas as couves produzem este efeito desagradável. Contudo, é mais evidente nas couves de bruxelas, repolho, couve flor e brócolos.
Se sofre de colite ou tem uma doença inflamatória intestinal então deve mesmo evitá-las.
As sementes alimentares estão na moda, é só abrir a Web e lá vêm os pratos inundados delas, de todas as cores e feitios.
Já antes falámos sobre sementes em As sementes alimentares.
Em termos nutricionais são muito ricas em óleos insaturados, diversas vitaminas e minerais, que as configuram como “super-alimentos“.
Porém, podem não ser saudáveis para todos:
Devido às suas cascas rijas tornam-se muito difíceis de digerir. Estas fibras duras podem causar irritação intestinal, mas também podem ser um problema em casos de úlceras, diverticulos e polipos, já que são abrasivas e se alojam em locais “indesejados”.
Deste modo, a indicação será sempre para moderar o consumo a 1-2 colheres de sopa/dia, de preferência trituradas, bem mastigadas ou hidratadas (ex. chia e linhaça). Em excesso, quando hidratadas, podem causar oclusões intestinais ou, também, hiper-fermentação, gases e distensão abdominal.
Se tem colite, diverticulose, polipos intestinais, hérnias, fistulas, estenoses (apertos ou bloqueios do tubo digestivos) deve evitar o consumo de sementes e outros grãos difíceis de digerir. Se faz fermentação intestinal com facilidade, deve testar o uso de sementes, mesmo que hidratas.
Este efeito pode ser visto também em cereais muito integrais como a aveia!
Já antes escrevemos sobre as leguminosas no artigo – Tudo o que deve saber sobre: Leguminosas.
Estas têm diversos benefícios para a saúde, sendo ricas em proteínas, glícidos de absorção lenta e fibra. Em termos
micronutricionais destacam-se pelo seu teor em vitaminas B1, B2, B3 e B6, folatos, vitaminas A, C e K, potássio, fósforo, magnésio, ferro, cobre, zinco e manganésio.
Também aqui, os seus efeitos indesejados e conhecidos por todos, advêm da sua fibra, principalmente pela casca (tegumento). Assim, uma das estratégias mais usadas para diminuir os efeitos fermentativos é retirar “as peles” destes grãos ou triturá-las totalmente (em sopa). Por outro lado, o seu interior rico em amido, também pode ser causador de fermentação nos intestinos mais sensíveis e irritáveis.
Mais uma vez, se sofre de colite ou sindroma do colón irritável fale com o seu médico e nutricionista para testarem a introdução destes alimentos no “seu intestino”.
Um maravilhoso fruto da época, tão tipicamente português, mas… tão fermentativo!
Leia também: Quentinhas e boas: Castanha
Ricas em potássio, ferro e magnésio, são um fruto de sabor único! Porém, por conterem quase 50% de amidos e fibras fermentáveis, são causadoras de sintomas bastante desagradáveis para a maioria de nós. Quem nunca se sentiu enfartado e inchado poucos minutos depois de as comer?
Neste caso não há muito a fazer. Se tem um intestino fermentável então a castanha será um problema para si. Ainda assim, existem algumas técnicas para diminuir os seus efeitos:
- Evite consumi-las cruas, prefira cozidas ou assadas
- Prefira-as à temperatura ambiente ou frias (evite muito quentes!)
- Não as misture com água ou outras bebidas.
- Faça-as isoladas de outros alimentos, como lanche da tarde por exemplo. Quanto maior o volume da refeição, mais lenta será a digestão.
- Respeite a dose indicada que são 5 a 6 unidades!
A alface parece inofensiva não é? Constituída por 96% água, 2% proteína, 1% açúcar e 1% fibra, que mal poderá causar?
A verdade é que existem cada vez mais pessoas que não a toleram, seja por “não a digerirem”, seja por provocar gases, dor de estômago e inchaço. Mas porquê?
Pensa-se que, no caso da alface, estes efeitos advenham sobretudo do uso de determinados fertilizantes, em especial, de nitratos, sendo que a alface biológica torna-se mais fácil de digerir! Ainda assim, os talos mais rijos e as fibras também podem ser uma razão para a digestão difícil.
Prefira a alface biológica e mais tenra!
Em conclusão:
É normal ter este tipo de sintomas ou intolerâncias, que se acentuam ao longo da vida devido ao envelhecimento e ao estilo de vida.
Se tem uma doença do tubo digestivo deve sempre consultar o seu médico e nutricionista para testar a introdução dos alimentos que não tolera tão bem. Por vezes não os irá tolerar de todo, ou poderá ser uma questão de quantidade, modo de confeção ou conjugação com outros alimentos. Não os dê por excluídos automaticamente!
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