5 Razões que boicotam o seu emagrecimento

   Como vai caro leitor?
   O assunto de hoje é, para nós, muito interessante, já que o ouvimos frequentemente:

  • “Faço dieta, mas não emagreço” …
  • “Eu nem como fritos!”….
  • “Desde que fui para o ginásio ainda engordei!” …
  • “Até a água me engorda” …
  • “Devem ser as hormonas!” …
  • “Quando era mais nova, bastava não comer um dia”…

Muitas são as frases de quem “dá o máximo” para perder peso sem sucesso, ou que de repente parou de emagrecer.

E a nossa questão de hoje é:

Porquê??

Quais as principais razões que boicotam um processo de emagrecimento?

Enumeramos de seguida 5:

Quando não é acompanhado por um nutricionista num processo de perda de peso é muito provável que cometa erros. Erros esses que comprometem o seu sucesso. São exemplos:

  • Restrição exagerada (de hidratos de carbono, de proteínas, de energia no geral).
  • Má conjugação dos alimentos (alimentos de rápida absorção).
  • Horários das refeições mal distribuídos (Jejum ou comer com frequência?).
  • Introdução de alimentos “supostamente” saudáveis, mas que não o são (ex. bolachas). Leia  5 Alimentos saudáveis, mas calóricos!
  • Permissão exagerada de “dias do erro alimentar”.
  • Défice de hidratação.

Solução: Procure a ajuda de um profissional. O excesso de peso e a obesidade são doenças que devem ser tratadas por profissionais de saúde. Assim como quando está doente vai ao médico para se tratar, também a perda de peso deve ser encarada da mesma forma, para ser definitiva e saudável.

Se já passou por vários processos de emagrecimento durante a sua vida é normal que vá tendo mais dificuldade em emagrecer. O nosso metabolismo é como “um elástico”: tanto estica e encolhe, que vai ficando laxo/ largo. Ou seja, não volta ao que era. O nosso organismo faz tudo para “sobreviver”: emagrecimentos rápidos, com recurso a medicação, a restrição exagerada ou outra método agressivo, “marcam” o nosso metabolismo. Na verdade, isso é interpretado como um processo de “doença”, que o nosso corpo faz de tudo para evitar que o volte a atingir. Portanto, através de variadíssimos mecanismos hormonais, o nosso metabolismo adapta-se e “blinda-se”, por forma a não “gastar as suas preciosas reservas de gordura”.
Vão sendo necessários métodos cada vez mais agressivos para obter resultados, o que, como já vimos, é um ciclo vicioso, até ser quase impossível perder peso com métodos menos restritivos.
A solução não está em aguçar os métodos, mas sim, em parar o ciclo! Tem de parar o iô-iô. Não é por acaso que quem vem pela primeira vez à consulta perde “5kg num mês” e quem já fez “1000 dietas”, perde 1-2kg! É claro que também há aqui uma componente comportamental, mas a física é óbvia.
Por isso pare de se auto-mutilar com “dietas da moda” e mude o seu estilo de vida de vez. Os resultados são lentos, é verdade, mas só com persistência se obtêm os melhores resultados. O segredo está na mudança de atitude perante a perda de peso e, sobretudo, perante a vida.

Este é o chamado “pau de dois bicos”.
É verdade que o exercício físico intenso aumenta o peso. Mas não é gordura! Muito pelo contrário, é água. Se era sedentário e de repente começa a praticar desporto é normal que o seu corpo precise de um “tempo de adaptação”.


No primeiro mês é normal que haja uma variação do peso que pode ir de algumas gramas a 1-2kg, dependendo da pessoa e do exercício. A água que o músculo “trabalhado” retém ocupa espaço e pesa na balança. É por esse motivo que não deve valorizar demasiado o peso, como um número absoluto e determinante da sua performance. Deve sim, interpretar a sua composição corporal: poderá ter o mesmo ou mais peso, mas mais peso em água e, certamente, menos peso em gordura (o que é muito positivo!).
Em conclusão, seja paciente, mantenha o seu exercício, não desmoralize e dê tempo ao seu corpo. Enquanto sentir dores musculares fortes é porque ainda está em processo de adaptação e assim a reter água. Continue!
Por outro lado, a prática de atividade física pouco intensa, como as caminhadas, pode levar à indulgência (uma falsa sensação de “eu mereço a recompensa”). Não é rara a pessoa que se recompensa por ter praticado exercício, com alimentos. Ou seja, num instante consome mais calorias do que as que gastou. Resultado: nada de bom…Adoro ver aquelas pessoas que andam apressadas no paredão, muito
transpiradas e vermelhas, e no final comem um belo gelado para “compensar o esforço” e arrefecer (risos)!
Pode merecer a recompensa claro! Mas, nunca com comida.

Sim é verdade. Não é um mito! O sistema nervoso pode fazê-lo engordar/ não emagrecer. Tudo por causa das hormonas…

Quando estamos cansados, a dormir pouco, stressados, nervosos, irritados, ansiosos… todos estes estados influenciam o peso.
Desde logo o descanso é essencial ao equilíbrio hormonal que promove o emagrecimento. Sabia que é durante as primeiras horas de sono (quando este é profundo e reparador) que se produz a hormona do crescimento? Hormona essa responsável pelo gasto de gordura.
Por outro lado, o stress e a ansiedade favorecem a produção de catecolaminas e mineralocorticóides, dos quais o cortisol (hormona semelhante à “cortisona”) que, a longo prazo, promove a retenção de líquidos, a inibição da degradação da gordura e “adormece” o metabolismo.

Para saber mais sobre este assunto leia

Stress & Necessidade de “doces”.

Solução: Tem de “abrandar” o ritmo, descansar, dormir mais horas e ter mais tempo para si. Sem dormir não há emagrecimento.

Mesmo quando é acompanhado por um nutricionista, é normal que o seu comportamento alimentar mude ao longo do tempo.

No início a motivação para a perda de peso está no auge. Esforçamo-nos o máximo, evitamos situações difíceis com exposição a alimentos, praticamos mais exercício… No fundo, cumprimos melhor o plano alimentar.
Com o passar do tempo, já nos sentimos melhor com o peso perdido, as roupas já ficam largas, o espelho sorri! Saímos mais, convivemos, queremos mostrar os nossos resultados…
já não vamos tantas vezes ao ginásio (por mil razões)… e até já nos permitimos “aquele miminho” que, por tanto, tempo rejeitámos!

Resultado: Tem menos peso a perder, há maior adaptação metabólica, está menos ativo e faz mais erros alimentares, então o peso vai teimar em não descer, ou fazê-lo lentamente.

Solução: Em vez de desistir e culpar o seu corpo, o plano que está a seguir, as hormonas, a nutricionista… faça uma análise e seja mais exigente consigo próprio. Não quer dizer que adote de novo o comportamento alimentar inicial (mais restritivo), mas pondere melhor os dias com “exceção” e sobretudo aumente o exercício (em vez de diminuir).

Em conclusão...

Muitas vezes culpamos o mundo, queixamo-nos da nossa “pouca sorte”, do péssimo metabolismo, da nutricionista que não nos prescreveu o plano adequado… Analise bem e pondere todos os fatores. Por vezes a solução é a mais simples, como uma ida ao ginásio e uma boa noite de sono ☺