5 barreiras psicológicas ao emagrecimento
Caro leitor,
É certo que nutrição saudável é sinónimo de saúde. A contribuir para a saúde está a forma como se sente e se “vê”, o que determina a satisfação com o corpo, a sua auto-estima e auto-eficácia e, no fim, a sua felicidade. É por essa razão que tantas pessoas procuram a nutrição como um meio de voltar a gostar do que vêem ao espelho e não somente de obter saúde física. Isto significa que para a saúde mental/emocional é essencial que se sinta bem “nas suas calças”.
A grande maioria das pessoas que vêm a uma consulta de nutrição tem como objetivos voltar a…
- …”caber” em determinada peça de roupa
- … reconhecer a sua imagem/ reflexo, especialmente em fotos (tão importante hoje com as redes sociais)
- … recuperar a auto-estima
- … ser mais auto-confiante
- … sentir-se capaz de enfrentar determinadas situações no dia-a-dia (como ir à praia!)
- …
Todas razões de ordem psicológica/emocional, determinantes essenciais do bem-estar e da felicidade.
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É certo que são os determinantes psicológicos que definem se vai ou não “ter sucesso”, muito mais do que “a dieta” ou mesmo a nutricionista. Assim, existem pensamentos ou preconceitos que são autênticas barreiras, quase mesmo determinantes de insucesso! Vamos saber quais:
Nada pior do que expectativas irrealistas! Este é de facto um forte determinante de (in)sucesso.
O nosso corpo não é “uma máquina”, não funciona como a matemática e não é de todo “previsível”. Por isso, para quê fazer contas e gráficos? Só para gerar expectativa, consequente frustração e desistir de tratar de si. Quando assim é, o normal é “não passar” do primeiro mês.
..ao verão, às férias, ao casamento. São metas importantes a atingir e que funcionam como elementos motivadores Se (e só se) for realista no objetivo final.
Muitas pessoas funcionam bem por objetivos e gostam de saber “quanto é expectável perder por mês” ou “quanto tempo podem demorar a…”.
Tal como no ponto 1) o mais importante é admitir falhas , ou seja, se não chegar 100% ao objetivo, não vai desistir de tratar de si por isso! Ou se uma semana não correr como esperava.
Metas longínquas e irrealistas levam a atitudes de extremos como “perdido por 100, perdido por 1000” e dessa forma dificilmente atingirá o objetivo e conseguirá mantê-lo.
“Nunca mais” é uma expressão demasiado forte para um comportamento alimentar e facilmente falível. O que o pode levar a comer tudo o que não tinha comido até ali…
Isto aplica-se a doces, açúcar, salgados, fritos, pão, massa ou qualquer tipo de alimento ou ingrediente.
Já analisou o comportamento de quem emagreceu e mantém? normalmente são pessoas moderadas, que comem “socialmente”, levando um estilo-de-vida equilibrado no seu dia-a-dia. É este o segredo.
O sucesso não exige promessas, mas sim moderação.
O isolamento social nunca foi um fator de sucesso para uma mudança de comportamento! Muito pelo contrário.
Se abdicar do que o faz feliz só para emagrecer, poderá ficar magro (temporariamente),mas em breve voltará ao comportamento antigo.
Costumo dizer em consulta “Se é um comportamento que não pode manter, nem sequer vale a pena começar”. Especialmente se tiver de afastar aqueles de quem gosta e gostam de si. O apoio social é essencial ao sucesso!
Há que aprender a “estar” numa situação social, a avaliar “o que há” e a escolher o que vai comer. Não significa que será tudo saudável, mas com certeza será moderado. Leia o artigo Vou a uma festa e agora?
Hum… raramente dá bom resultado. Isto por dois motivos:
- Normalmente o que se ingere é muito mais calórico do que a compensação seguinte (seja saltar uma refeição, beber sumos o dia todo, fazer exercício).
- Se a compensação passar por “restrição” alimentar, é comum essa gerar ansiedade e comportamentos mais compulsivos. por exemplo, não jantar, mas depois comer mais à ceia.
Sim pode-se e deve-se fazer pequenas compensações, mas estas só são eficazes se o “ingerido” também tiver sido pequeno 😉 Portanto, o segredo está sempre na moderação e nunca nos extremos “comer muito ou não comer”.