Nutrição para TODOS
Como vai caro leitor?
Gostamos de falar sobre este assunto, pois a maioria das pessoas associa “Nutrição” com “Restrição”, “Emagrecimento”, “Fome”, “Dieta”… A maioria conceitos negativos. Queremos desmistificar esta ideia.
Nutrição é SAÚDE, PREVENÇÃO da DOENÇA, BEM-ESTAR, ESTILO de VIDA SAUDÁVEL.
Vamos saber mais:
História da Nutrição
Mas para que serve a Nutrição?
O que é a Nutrição
A nutrição é um conjunto de processos, que envolve a ingestão, digestão, absorção, metabolismo e excreção dos nutrientes, com a finalidade de produzir energia e manter as funções do organismo.
O que são nutrientes e para que servem?
- Obter energia;
- Sintetizar tecidos, hormonas e outros componentes do organismo;
- Regular os processos metabólicos.
Dividem-se em macronutrientes e micronutrientes.
- Os macronutrientes são os hidratos de carbono ou glícidos, as proteínas e os lípidos ou gorduras;
- Os micronutrientes são as vitaminas, os minerais e os oligoelementos.
- Existem ainda os nutrientes funcionais que influenciam a nossa saúde: a fibra e os fitoquímicos.
Em cada fase da vida existem necessidades energéticas e nutricionais diferentes, de acordo com a necessidade orgânica (ex. gravidez). Também em estados de doença, as necessidades nutricionais se alteram, requerendo um padrão alimentar diferenciado.
Até aos 6 meses é indiscutível a importância do aleitamento materno exclusivo, pois fornece todos os nutrientes importantes para o bebé, além de anticorpos e outras substâncias fundamentais. Com o passar dos meses e anos, a criança vai conhecendo e experimentando todos os alimentos, sendo essencial que a mãe comece, desde cedo, a incentivar uma alimentação equilibrada à criança.
A infância é a fase inicial onde ocorre a formação e crescimento. A alimentação nesta etapa é essencial para um crescimento e desenvolvimento adequados.
Nesta fase é importante definir horários e respeitar refeições, ou seja, definir rotinas. A criança deve comer cereais, lácteos, vegetais, carnes, peixes, leguminosas e frutas. Os pais não devem estimular o consumo de doces e alimentos de baixo valor nutricional (magros/ light). Lembre-se que os filhos são o reflexo dos pais, e isso ocorre também na alimentação.
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Na adolescência ter uma alimentação equilibrada também é fundamental, pois as necessidades nutricionais nessa fase do ciclo de vida são maiores. É importante estar atento, pois é comum os adolescentes desejarem ter um corpo magro e fazem qualquer coisa para o conseguir, quase sempre sem orientação de um profissional da saúde, o que pode causar défices nutricionais e transtornos alimentares como bulimia nervosa, binge eating e anorexia nervosa. Os pais devem estar atentos e procurar sempre a ajuda de um profissional de saúde.
Em termos de hábitos alimentares, é comum na adolescência o “petiscar”. Geralmente snacks sem verduras e ricos em gordura e açúcar, como salgados, doces e refrigerantes. Estes e outros maus hábitos alimentares são frequentes nesta fase. Por isso é muito importante estimular uma alimentação saudável diariamente e explicar porque há esta necessidade.
É fundamental que na adolescência (fase de consolidação do crescimento físico e psicológico) haja um equilíbrio de todos os grupos alimentares. Enfatiza-se o consumo de cálcio (mineral importante para a formação do esqueleto), o ferro (desenvolvimento muscular, esquelético e endócrino) e o zinco (crescimento e a maturação sexual).
A fase adulta é a fase da manutenção, sendo também muito importante ter uma alimentação adequada. Talvez esta seja a fase em que é mais difícil mudar hábitos, pois estes dependem dos hábitos alimentares adquiridos na infância/ adolescência, dos fatores culturais, sociais e financeiros, entre outros. Apesar de tudo isto, é essencial que o adulto valorize a alimentação como parte de um estilo de vida saudável, tanto para o bom funcionamento orgânico, como para a prevenção de doenças e melhor saúde quando idoso. É essencial que o adulto encare a alimentação equilibrada como um modo de vida, recorrendo à consulta de nutrição antes de “haver doença”, a mais comum que o leva à consulta, o excesso de peso/obesidade.
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Nesta fase, a alimentação além de nutrir, poderá tratar determinadas doenças e proteger o organismo. Devem ser tidos em conta alguns fatores, como: estado de saúde físico, mental e emocional, hábitos alimentares anteriores, alterações na capacidade de mastigar, deglutir, digerir e absorver os alimentos, etc. Pode acontecer também uma redução no paladar, sede e olfato, o que favorece a anorexia (perde de apetite).
À medida que se dá o envelhecimento, as necessidades energéticas vão diminuindo. Porém, por outro lado, a necessidade dos micronutrientes aumenta pelo que se deve priorizar alimentos de alto valor nutricional.
É comum os idosos deixarem de comer alimentos mais consistentes, optando por outros de consistência pastosa, como sopas, chás, torradas, etc. Assim, torna-se essencial estimular a mastigação e o consumo de uma alimentação completa e equilibrada, com vista a prevenir carências nutricionais. Caso o idoso tenha algum tipo de doença é necessário ter um acompanhamento dietético individual, com aporte nutricional adequado.
No geral, é importante consumir alimentos de grupos variados, na consistência adequada, conforme a capacidade de mastigação. Além disso, recomenda-se o fraccionamento alimentar, que para além de ser mais saudável, evita a sensação de enfartamento e as digestões difíceis.
Outro ponto a ser destacado, é o consumo de água. Muitos idosos não sentem sede ou não desejam beber líquidos devido a incontinência urinária, podendo correr incorrer em desidratação e problemas renais.