Testemunho #26: “Resolvida e fortalecida”

Como vai caro leitor?

Voltamos para mais um testemunho Diário de uma Dietista. Tem acompanhado as histórias dos nossos pacientes? Deixe-se inspirar, o bem não acontece só a outros. Não é “um milagre” que acontece de um dia para outro, mas com o acompanhamento certo e com dedicação, também vai conseguir atingir os seus objetivos

Categoria Testemunhos – As nossas histórias, que podem ser a sua!

Apresentamos-lhe mais um caso de sucesso:

Hoje temos mais um caso inspirador. Desta vez de uma paciente perto dos seus 50’s, que veio à nossa consulta para melhorar a sua saúde física e emocional.

No Diário de uma Dietista tratamos de facto a pessoa e a sua saúde/doença. Nao fazemos dietas. Mudamos hábitos.

Nutrição é sinónimo de SAÚDE e não de DIETA

Um facto peculiar é que esta paciente, apesar de ter bons hábitos desde a infância por ter sido atleta, viu a vida confundir a sua relação com a comida. Chegou até nós com sinais de cansaço físico e emocional, apesar de não praticar à época qualquer exercício. Sono, apatia, isolamento, ganho de peso, colesterol elevado, eram alguns dos sinais/sintomas que nos apresentou. Desde início pediu para “não saber o peso”. Não era por isso que ali estava, não queria dar relevância a essa facto, que a poderia desestabilizar mais. Queria sim perceber e corrigir o que “estava mal” e que a tinha feito chegar até ali.

Já tendo gosto por alimentos saudáveis e bons hábitos adquiridos, foi muito fácil ajudá-la. Fizemos um plano alimentar à sua medida, que se foi modificando e completando ao longo do acompanhamento, fizemos uma suplementação vitamínica-mineral e estimulámos a prática adequada de exercício.

Tudo começou no fim de junho 2018. Desde então temos menos 15kg e 7% de massa gorda. Temos um colesterol regularizado, uma confiança e auto-estima reforçadas, energia, boa disposição e uma vida ativa, com exercício regular. Claro está, que estamos hoje em manutenção, a tentar desacelerar um pouco o emagrecimento, que ainda teima em acontecer!

Conheça esta história na primeira pessoa:

1. Como conheceu o Diário de uma Dietista?

R: Através de uma amiga também acompanhada no DdD com muito sucesso.

2. O que a levou a marcar consulta?

R: 1) aperfeiçoar o meu comportamento alimentar já bastante bom e 2) emagrecer.

3. Conte-nos a sua história, como se sentia antes de vir à consulta?

R: Sempre fui magra, bom, “normal”, dentro dos valores de referência para a minha idade e peso. Contudo, tinha engordado nos últimos 2 anos por um conjunto de motivos. Apesar da minha alimentação ser constituída pelos alimentos certos (não como carne nem enchidos, doces nunca me apaixonaram), acrescentei ao meu peso um pouco mais de 10 quilos do que era o meu “normal”. Por um lado, passei a beber um pouco mais álcool do que era até então habitual, em contexto social. Por outro lado, estava com 49 anos e uma vida bastante mais sedentária por razões de ordem pessoal (estava a passar um mau momento do ponto de vista psicológico). O facto de não estar bem em termos anímicos e psicológicos teve como consequência direta uma redução total da minha atividade física, uma maior ingestão de álcool e a procura de maiores satisfações imediatas, como os snacks entre refeições, etc. O ganho de peso consequente teve resultados muito destrutivos e circulares, pois como é bom de ver, quanto pior me sentia, pior eu fazia (ou não fazia) e por aí fora. Decidi ir a um nutricionista referenciado por algum amigo e pôr fim ao ciclo.

4. Que objetivos  atingiu? O que aprendeu/mudou?

R:  Em termos práticos, no que respeita à perda de peso, o objetivo numérico proposto na primeira consulta não só foi atingido, como superado. Contudo, ganhei algo mais. Aprendi que mesmo tendo uma alimentação “saudável”, dado que não comia os “proibidos”, comia mal. Comia mal porque combinava erradamente os alimentos, fazia horários incorrectos e abusava nos meus prazeres imediatos (queijo, frutos secos, etc.). A grande aprendizagem foi “como fazer”, ou como comer naturalmente de forma correta. Essa aprendizagem fica para a vida. Hoje sou bastante mais exigente com a alimentação (do que já era), simplesmente porque é assim que eu me sinto bem: a comer bem.

5. A sua saúde sofreu alterações? Se sim, quais?

R: Do ponto de vista psicológico é evidente e não carece de explicação. Do ponto de vista físico, entre outros, eu sofria de um mal devido aos “queijinhos” e afins: colesterol elevado. Nunca me lembro deter estado abaixo dos 230!! Todos os médicos diziam que como eu fazia uma alimentação “saudável”, não tinha importância. Duas semanas e meia depois deter ido à consulta o colesterol baixou para 153! O resto, auto explica-se!

6. Como descreve a sua relação com a nutricionista?

R: Cordial, natural, simples e verdadeira. Considero que a nutricionista fez um trabalho excelente, que a distingue de forma destacada do modelo de relação praticado pela clínica moderna (pragmática e despersonalizada, quando não fria). A nutricionista é objetiva nas informações que transmite, assertiva e direta. Contudo, consegue fazê-lo sendo pessoa ao mesmo tempo. Não fingindo uma “relação” mais íntima com o paciente, é genuína na simpatia e empatia. Olha para o paciente como uma pessoa como ela e não como um corpo de dados à espera de resposta.

7. Como se sente a nível psicológico/emocional após o tratamento?

R: Resolvida e fortalecida.

8. Voltaria a recorrer ao nosso acompanhamento? porquê?

R:  Caso necessário, sim, o que acredito e espero não venha a acontecer, sendo a única excepção uma questão de saúde futura que me obrigasse a ter uma dieta especializada.

9. O que distingue o Diário de uma Dietista de outros serviços de nutrição?

R:   Não consigo responder porque não conheço outros serviços. Contudo, a ideia de ir a uma clínica para “emagrecer” nunca me levaria lá. Nunca. Emagrecer é secundário, o importante é o resto. Se houver lugar a emagrecimento, pois que ele seja natural, mas o que realmente importa é saber comer.

Trate de Si, porque Alimentação Saudável não é Dieta,

é Estilo de Vida!