Pós-parto mês #4

Como vai cara leitora? Hoje temos o último artigo e balanço da minha recuperação pós-parto, mês #4 ! É bom sinal 😉

Se só agora chegou a estas publicações, talvez goste de ler:

Ou mesmo os artigos sobre cada um dos meses da gravidez.

Pois bem, 4 meses de licença de maternidade passaram num piscar de olhos. E pensando bem, assim foi a minha recuperação: natural, sem esforço, sem restrições, sem preocupação exagerada. Parece estranho? Vamos a contas:

  • 1ºmês: -9kg (outubro/novembro)
  • 2º mês: -1kg (novembro/dezembro)
  • 3º mês: -1kg (dezembro/janeiro)
  • 4º mês: -2kg (janeiro/fevereiro)
  • TOTAL: – 13kg

Então mas não tinha aumentado 15kg durante a gravidez? Sim! Contudo, com o treino regular aumentei 2kg de massa magra em relação ao peso anterior à gravidez. Resultado: a mesma massa gorda e mais massa magra, significa melhor forma física. Não ficarei por aqui, o treino e cuidados com a alimentação vão continuar e assim espero alcançar a melhor forma física de sempre (e não o peso mais baixo).

Foi justamente esta reflexão quanto ao peso que quisemos estimular numa recente publicação no facebook.

Repare nesta imagem:

Estas 6 mulheres pesam 67kg! 
Contudo, as suas composições corporais em gordura e massa magra diferem bastante:

 

– A Solveig 32 (a 1ª da direita) é a mais magra, significa que tem a menor % de massa gorda. A contribuir para o seu peso está a sua estatura (massa magra). O seu peso e composição física é saudável e adequada.

– A Diane 36 (1ª à esquerda) é a que tem maior % de gordura, estando na classe de obesidade. Pela sua baixa estatura e massa magra, a gordura contribui para mais de 40% do seu peso.

– A Thilini 20 (2ª a contar da esquerda) tem uma massa gorda ligeiramente acima da recomendada para a sua idade. A contribuir para o seu peso está uma densa massa magra (músculos, ossos?)

Para além da quantidade, a distribuição da gordura corporal também é importante. A gordura abdominal/visceral é a que acarreta mais riscos de saúde, nomeadamente risco cardiovascular. Neste sentido, a Nikki 29 (3ª a contar da esquerda) é a que tem maior perímetro abdominal. Já a Liz 35 e a Rossana 36 têm uma distribuição de gordura ginóide (centrada na perna e anca), o que reduz o seu risco de saúde.

Esta é a prova de que o peso pouco importa. Por outro lado há que aceitar a forma do nosso corpo em vez de empreender batalhas para mudar e viver insatisfeito.

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Quer estar magra ou “em forma”?

A mudança começa de dentro para fora

O corpo após a gravidez não volta a ser o que era, muito menos após uma cesariana. Por melhor que seja suturada, aquela zona sofreu um corte profundo. O inchaço e dormência mantêm-se por vários meses (ou anos) e, por vezes, acumula-se gordura subcutânea à volta da incisão (muito difícil de gastar, só possível com tratamentos localizados). Então, é fundamental que estejamos dispostas a aceitar “as novas formas”. Isto não significa “não fazer nada para melhorar”, mas sim estar preparada para “lutar”. É no seguimento destas alterações que muitas mulheres “desistem” de si próprias, ganhando ainda mais peso e deixando de se tratar. Não faça isso consigo. Quanto mais distante o ponto de partida, mais difícil será voltar ao início.

Atualmente, após 4 meses de ser mãe pela primeira vez, em casa e a amamentar exclusivamente, considero o desafio superado.

Agora vem uma nova fase: com a retoma do trabalho, das rotinas, as primeiras sopas do bebé… o tempo para treinar e cuidar de mim terá de se manter. Nunca devemos deixar-nos para trás, pois é o primeiro passo para não conseguir voltar.


Espero que estes 4 artigos da minha recuperação pós-parto sejam um incentivo para tratar de si sempre, para nunca desistir ou adiar e para acreditar que é possível recuperar a boa forma logo após a gravidez.

Os próximos artigos irão continuar com o tema “maternidade”, mas agora sobre a alimentação do bebé, com receitas práticas e alguns conselhos. Acompanhe-nos!