Gravidez: Mês 4

Como vai cara leitora? 

Estamos de volta para escrever sobre gravidez. Já vamos no 4º mês! Passa tão rápido quanto a própria gestação 🙂

O 4º mês decorre desde a semana 13 à semana 16. Estas são semanas emocionalmente e até fisicamente “mais calmas”. Não só porque já fez a tão esperada ecografia do 1º trimestre e respetivo rastreio bioquímico, mas também porque os sintomas desagradáveis da gravidez tendem a abrandar. É também a partir daqui que a “barriguinha” começa a crescer, na maioria das mulheres, o que a faz finalmente sentir que vai ser mãe!


 

Benvindo Segundo Trimestre!   

É oficial! Chegou ao 2º trimestre! O que dizem ser “o melhor” de toda a gravidez (tenho de concordar até agora!). Mas porquê? Por várias razões:

  • Os sintomas tendem a abrandar (ex. enjoo/nausea);
  • O corpo começa realmente a mudar, fazendo-a sentir-se “grávida”;
  • Sentirá os movimentos do seu bebé pela primeira vez;
  • Ainda não está demasiado pesada para se sentir limitada no seu dia-a-dia (aproveite!);
  • Sentir-se-á mais segura, as emoções estão mais controladas, pois as hormonas tendem a estabilizar e assim desfrutará mais da sua gravidez!

Durante estas 12 semanas o seu feto crescerá exponencialmente! Desde o tamanho de um kiwi às 13 semanas (23g e 7,4cm), até ao tamanho de um mamão às 26 semanas (cerca de 1kg e 34cm). Os principais sistemas de órgãos estão formados, durante o segundo trimestre irão amadurecer para permitir a vida cá fora. Contudo, o bebé ainda é muito magrinho: o principal ganho de gordura dá-se no 3º trimestre.


 

Semanas 13 e 14

Provavelmente ainda não sabe o resultado do seu rastreio combinado, realizado na semana 12 e isso está a deixá-la nervosa. Tente ficar calma, pois o seu bebé sente tudo o que está passar e isso pode prejudicar o seu desenvolvimento.

Nestas 2 semanas os sintomas desagradáveis do primeiro trimestre tendem a abrandar. Estamos a falar principalmente da intolerância/sensibilidade a odores, da náusea e dos vómitos. Outros, como a vontade frequente de urinar e as dores na mama, podem continuar. No meu caso, durante estas semanas mantive os vómitos, o enfartamento e a azia, embora menos intensos.

Se pudesse observar o seu bebé veria que ele está muito ativo, agitando os membros, embora ainda não o possa sentir. O seu abdómen deverá estar agora mais proeminente, sendo provável que comece a usar as primeiras “roupas de grávida” para se sentir mais confortável. Não espere que as outras pessoas notem a diferença e lhe dêem prioridade na caixa do supermercado 😉  Parecerá apenas um pouco “inchada” e por isso terá de pedir os seus direitos.

Nota muito importante: Durante toda a gravidez, esteja onde estiver, deverá estar acompanhada do seu “Boletim de Saúde da Grávida”, que lhe é dado pelo seu médico obstetra ou médico de família. É o seu “bilhete de identidade” durante toda a gestação, faça-se sempre acompanhar por ele!

Quem pode escrever no seu livro?

A própria grávida (ex. sintomas, notas, dúvidas) e todo e qualquer profissional de saúde que a acompanhar. Ele tem informações tão importante quanto a identificação dos pais, as suas análises, a sua pressão arterial, o seu peso, a informação sobre ecografias, etc. Ah e é um meio de prova nas “filas” 😉

 

Semanas 15 e 16

Finalmente, já esteve com o seu médico para saber o resultado do rastreio combinado. Se estiver tudo bem pode respirar de alívio, pois o risco de doenças cromossómicas é muito baixo. Caso haja alguma desconfiança poderá ter de fazer uma amniocentese ou a biopsia das vilosidades coriónicas.

Consoante o resultado das suas análises, agora o seu médico poderá prescrever-lhe ferro. Nutriente essencial ao desenvolvimento fetal e cuja carência é comum na gravidez. O ferro pode ser tomado em cápsula ou em âmpola. Uma das consequências mais comuns da toma de ferro é a obstipação (prisão de ventre). Por essa razão é essencial que a sua alimentação seja equilibrada e rica em fibras. Veja os artigos:

Perfil – gravidez semana 15

Atenção, não é obrigatória a suplementação em ferro. Contudo, deve garantir que tem uma alimentação rica neste nutriente essencial!

Em termos de sintomas, nestas semanas a náusea e vómito pode estar quase a desaparecer, dando lugar ao bem-estar ou então à azia e enfartamento (que foi o meu caso). Como a azia se fazia acompanhar de refluxo, fui medicada com um anti-ácido, que mantenho até hoje. Lembre-se que não deve tomar qualquer medicação, suplemento ou mesmo chá sem consultar o seu médico. Todas as substâncias que entram no seu corpo podem ter efeitos adversos no desenvolvimento fetal.

Por esta altura, os incómodos da bexiga e a sensibilidade mamária devem manter-se, mas tudo é ultrapassado pela felicidade de ver a sua “barriguinha” cada vez maior 🙂 Mantenha uma alimentação fracionada e saudável, bem como algum movimento/ exercício, sempre com conhecimento do seu obstetra. Não se esqueça da água! É essencial para si, para o bebé, para a formação do líquido amniótico e para a prevenção de contrações!

Voltamos em breve para o 5º mês de gravidez!