Alimentação dos 6 aos 18
Como vai caro leitor?
Todos ouvimos constantemente as estatísticas assustadoras da obesidade infantil no nosso país, em crianças cada vez mais novas.
Faça a seguinte experiência: quando estiver perante um grupo de crianças/ jovens atente no que eles estão a comer. Seja num super-mercado, num centro comercial, na rua, na praia, no cinema….as escolhas raramente são as melhores. Normalmente as suas escolhas passam por alimentos hipercalóricos, ricos em sal, açúcar, gordura e aditivos. Estes gostos são na realidade normais e inatos. Quem não gosta??
Contudo, o problema é outro: é que para além destes gostos inatos a maior parte dos jovens “não gosta”, recusando-se, de comer alimentos saudáveis que deveriam constituir a base da sua alimentação (frutas, vegetais, pão e cereais integrais, peixe, etc). Este constitui um verdadeiro problema, pois torna-se difícil gerir um plano alimentar que permita a perda de peso, previna a sua recuperação e promova a saúde na idade adulta.
É neste capitulo que os educadores têm um papel fundamental. Os hábitos alimentares aprendem-se e promovem-se desde a introdução dos primeiros alimentos. Não é por uma criança ser “magra” ou mesmo “muito magra” que pode alimentar-se do que “faz mal”. Vê-se imensas vezes crianças que fazem recusas alimentares à mesa, pois já sabem que os pais, só para que comam “qualquer coisa”, iram oferecer-lhes “bolachas, pães de leite, leites achocolatados”… Enfim, as crianças aprendem facilmente estas “estratégias”, então não se deixe “manipular” comece desde cedo. É disso que trata este artigo:
Promoção da saúde da criança e jovem
A atividade física, os jogos, uma alimentação variada e equilibrada, a hidratação, a higiene e os hábitos que promovam uma boa saúde geral são, todos eles, aspetos relevantes para que as crianças e os adolescentes da nossa sociedade atual desenvolvam um estilo de vida ativo e saudável.
Alimentação por faixa etária
Dos 10 aos 13 anos dá-se a consolidação de hábitos alimentares. Os conceitos a reter são “variedade de alimentos” e “comer sem pressas”. Nesta idade deverão consumir-se todos os alimentos e aceitar todos os sabores. Para o meio da manhã e o lanche devem escolher-se alimentos e bebidas fáceis de transportar. As sanduíches podem ser recheadas com uma ampla variedade de alimentos: queijos brancos, charcutaria de aves, ovo, carne de frango, atum, verduras e frutas variadas, entre outros.
Para além disso, é muito importante prestar-se atenção a uma adequada ingestão de líquidos durante e depois da prática desportiva e dos jogos, especialmente quando o nível de atividade decorreu durante um longo período ou foi muito intenso. Através da transpiração perde-se água corporal e eletrólitos que devem ser repostos imediatamente para evitar o sobreaquecimento e outros possíveis efeitos adversos para a saúde. Por isso, ao litro e meio de líquidos que deverão beber todos os dias, acrescenta-se o volume perdido na sudação, o que significa que as crianças que praticam desportos intensos ou prolongados devem ingerir mais líquidos.
Estes são apenas alguns conceitos sobre cada etapa de desenvolvimento e como estas se relacionam com os hábitos alimentares. Lembre-se que os pais começam por ser “os modelos” e que só mais tarde passa a ser “o grupo de pares”. Assim, dê o exemplo desde cedo! A alimentação do seu filho não influencia só a sua saúde e peso atuais! Muito pelo contrário, os hábitos que lhe incutir na infância serão os que levará para a idade adulta, condicionando de forma definitiva a sua saúde para a vida.
Todos gostamos de comer alimentos menos saudáveis, mas esses devem ser vistos como exceções: “os alimentos do fim-de-semana ou dos dias de festa”. Não tenha esses alimentos em casa. Habitue o seu filho a que “quando ele deseja um alimento não saudável”, esse é comprado fora de casa. Se os tiver em casa será muito mais provável e fácil o seu consumo, não só pelos filhos, mas às vezes mais pelas mães!
Lembre-se que “nós somos o que comemos”, por isso ensine o seu filho logo desde o ventre!
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