Açúcar ou adoçante?
Legislação e rotulagem
Toxicidade & Segurança
O que são os adoçantes?
Os adoçantes artificiais são apenas um tipo de substituto do açúcar. A tabela seguinte mostra alguns substitutos do açúcar mais populares e como são classificados.
Exemplos: Acessulfame K | Aspartame | Neotame | Sacarina | Sucralose | Advantame | Ciclamato | Tautamin
- Não promovem as cáries dentárias.
- Contribuem para a gestão do peso:
- Por não serem nutritivos, ou seja, terem praticamente 0 kcal, ao invés do açúcar comum que fornece 4kcal/1g
- Controlo da Diabetes:
- Não elevam a concentração de açúcar e estimulam menos a produção de insulina.
Exemplos: Eritritol | Hidrolisado de amido hidrogenado | Isomalte | Lactitol | Maltitol | Manitol | Sorbitol | Xilitol
- Não promovem as cáries dentárias.
- Auxiliam no controlo do peso:
- Fornecem apenas 2 calorias por grama, em média.
- Gestão da Diabetes
- As contrário dos adoçantes artificiais os polióis estimulam a produção de insulina, ainda que menos do que o açúcar. Por essa razão podem constituir uma alternativa, quando usados moderadamente.
Quando consumidos em grandes quantidades (normalmente mais de 50 gramas, mas por vezes apenas 10 gramas) os polióis podem ter um efeito laxante, causando inchaço, gases, distensão abdominal, desconforto e diarreia. Este efeito (laxante) vem sempre descrito no rótulo do produto: “o seu consumo excessivo pode ter efeitos laxativos”.
Exemplos: Stevia | Tagatose | Trealose
- A tagatose é um açúcar semelhante à frutose que ocorre naturalmente em alimentos, mas também é sintetizado a partir da lactose (produtos lácteos). Os alimentos que contêm tagatose não podem ser rotulados como “sem açúcar”.
- A trealose é encontrada naturalmente em cogumelos.
Exemplos: Geleia de agave | Mel | Concentrado de sumo de fruta | Melaço | Xarope de acer | Frutose | açúcar de coco
Os adoçantes naturais são geralmente seguros, mas são açúcares, não havendo nenhuma vantagem para a saúde de consumir açúcar adicionado de qualquer tipo.
Açúcar, o inimigo n.º1 da saúde
A adição de açúcar ou mesmo de adoçantes naturais pode levar a problemas de saúde variados como:
- Cárie dentária;
- Ganho de peso;
- Aumento dos triglicéridos;
- Inflamação;
- Osteoporose;
- Diabetes;
- Desequilíbrios hormonais;
- Degeneração do sistema nervoso;
- Doença cardiovascular;
- Diversos tipos de cancro.
Para além de ser um forte aditivo, ou seja, ter um poder “viciante”, estimulando os centros cerebrais do prazer e a produção de neurotransmissores (ex. serotonina). Isto quer dizer que quanto mais come, mais lhe apetece e é difícil parar de comer/beber.
Atualmente, sabe-se também que o xarope de frutose (muito indicado em produtos para diabéticos) tem um efeito ainda mais nocivo do que o próprio açúcar (sacarose), especialmente a nível do fígado.
Aconselhamos a visualização do documentário “Big Sugar” que fala sobre o lobby do açúcar e a sua influencia no mundo.
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Moderação é a chave...
Faça escolhas sensatas, reduzindo ao máximo os produtos processados. Assim, já reduzirá o açúcar e os adoçantes da sua alimentação.
Se fizer uma receita que precise ser adoçada, opte por fontes naturais de açúcar como frutas desidratadas: tâmaras/figos/ameixas; por mel, açúcar de coco ou outra fonte de açúcar que tenha benefícios nutricionais. Mas sempre com moderação, açúcar é açúcar.
Apesar de ajudarem no controlo do peso (sem valor calórico), os adoçantes não são completamente inócuos ao nosso organismo.
Lembre-se que mesmo que o rótulo diga “sem açúcar”, isso não significa que o produto tenha poucas calorias. Por outro lado, os alimentos que contêm adoçantes geralmente também são ricos em outros aditivos alimentares (E’s)! Faça deles a exceção e não a regra. Como qualquer outro produto, os adoçantes devem ser consumidos com moderação. E tenha certeza de que se um dia for comprovado cientificamente que algum adoçante tem efeitos nocivos à saúde, os órgãos competentes serão os primeiros a agir, retirando-os do mercado.
Faça escolhas sábias e informadas.