Testemunho #13: “Acontecia sempre depois do jantar (…)”

Como vai caro leitor?
Voltamos para mais um testemunho de uma paciente já em consultas de “manutenção”. Pelo título do artigo consegue perceber que o caso desta paciente é semelhante a muitos: “o comer” após sentar no sofá ou quando chega a casa. Existem diversas estratégias que podemos praticar nas consultas e assim começar a contrariar este hábito. A seguir vai conhecer algumas delas!
Imagem ilustrativa

A sra HO chegou à nossa consulta com 55 anos, já há alguns em menopausa, com uma tiroidite e história de”fome noturna”, apesar de praticar exercício 4 a 5 vezes por semana. Para além disso, as suas análises já nos alertavam para níveis de açúcar e de colesterol que punham em risco a sua saúde. É óbvio que este comportamento continuado a fez aumentar gradualmente o peso, mas não era disso que “se queixava”, queria mesmo “controlar a noite” e “melhorar as análises”. Contudo, a paciente estava reticente, pois achava que pela sua idade já não iria ser “tão fácil”. Claro que foi! Bastou corrigir os hábitos alimentares durante o dia, aproveitando o exercício que já fazia e ensinar algumas estratégias de controlo da noite, para logo a sra HO ver o seu corpo a mudar! Em alguns meses passou dos 61kg para os 57kg, corrigiu o seu comportamento noturno e hoje tem análises de “jovem de 20 anos”! Conheça a sua história, nas suas próprias palavras:

 

1.Como conheceu o Diário de uma Dietista?

R: Através de uma colega de trabalho que estava a ser seguida. Só algum tempo depois é que conheci a página do Facebook.

 

2. O que a levou a marcar consulta?

R: O facto de ver os resultados alcançados pela minha colega, que tinha um problema semelhante ao meu.

 

3. Conte-nos a sua história, como se sentia antes de vir à consulta?

R: Não me sentia bem comigo mesma! Não era gorda, mas o meu comportamento alimentar perante os doces não era saudável.

Acontecia sempre depois do jantar, quando descansava um pouco no sofá e via televisão: sentia uma fome incontrolável e comia tudo o que tinha em casa, como por exemplo chocolate (embora negro 70% ou mais) em excesso, batatas fritas ou bolachas da filha. Não conseguia alterar isto, embora soubesse como me alimentar (e fazia-o bem durante o dia). Depois de ter feito as asneiras, sentia-me culpada mas estava sempre a dizer a mim mesma que era só daquela vez. No entanto, no dia seguinte acontecia exatamente a mesma coisa.

 

4.Que objetivos atingiu? O que aprendeu/mudou?

R: Aprendi que não me devia deitar tão tarde porque se o fizesse comeria tudo o que tinha à mão, para além de dormir poucas horas por noite.

Aprendi a contrabalançar comendo algo doce como por exemplo uma gelatina e a ficar por aí. Nos dias de mais fome misturava iogurte c/ gelatina e canela para ficar mais saciada e ia a correr lavar os dentes para não comer mais nada.

Aprendi a fazer a higiene oral logo a seguir ao jantar a fim de não comer mais nada até me deitar.

No fundo, fui criando algumas estratégias para me defender daquelas fomes loucas. Não foi fácil mas aos poucos fui conseguindo. Tornou-se ainda mais fácil a partir do momento em que, de uma forma consciente, me apercebi o quanto o meu organismo se tinha habituado ao açúcar. Sentia a falta do doce nos primeiros tempos, mas decidi que tinha que lutar contra isso (era por isso que eu tinha ido à consulta) e daí todas as estratégias adotadas.

 

5. A sua saúde/ doença sofreu alterações? Se sim, quais?

R: A minha saúde melhorou, porque passei a sentir-me com mais energia no dia-a-dia e mais ativa. Para além disso, sempre que faço análises os resultados são melhores que antigamente. Por exemplo, os valores dos diabetes (que estavam sempre no limite) e do colesterol (o colesterol bom é muito mais elevado que o mau) melhoraram.

 

6.Como descreve a sua relação com a nutricionista?

R: Uma boa relação onde existe confiança e à vontade suficiente para falar das asneiras que se fazem (sem constrangimentos) e sem sentir da parte da Dra. um discurso menos positivo ou menos incentivador.

 

7. Como se sente a nível psicológico/emocional após o tratamento?

R: Muito melhor comigo mesma e acima de tudo mais saudável, mais enérgica e mais ativa. Sinto-me mais equilibrada física e emocionalmente, mais segura de mim e mais feliz comigo mesma. Aprendi a gerir com calma e tranquilidade os pequenos excessos que se cometem de vez em quando nos almoços/jantares com amigos e a compensar no dia seguinte sem sentir qualquer tipo de culpa por ter prevaricado.

 

8. Voltaria a recorrer ao nosso acompanhamento? porquê?

R: Eu continuo a ser acompanhada, embora mais espaçadamente, porque a tendência é para nos esquecermos dos conselhos e dicas transmitidas e irmos desaprendendo o que nos foi ensinado. Manter as consultas, numa base mais ou menos regular, obriga-nos a manter vivos os ensinamentos e, por outro lado, a irmos percebendo como nos encontramos fisicamente.

 

9. O que distingue o Diário de uma Dietista de outros serviços de nutrição?

R: Uma equipa muito presente e atenta, apenas à distância de um clique do rato, sempre pronta a responder na hora às dúvidas e questões que lhe são colocadas.

 

Comece hoje a tratar de si. Não é pela idade, pela menopausa, pela medicação, as barreiras estão na sua mente! É com a sua determinação que conseguirá e com a nossa ajuda 🙂