Testemunho #17: “Estou surpreendida e aliviada”

Como vai caro leitor?

Voltamos para mais um testemunho Diário de uma Dietista. Tem acompanhado as histórias dos nossos pacientes? Deixe-se inspirar, o bem não acontece só a outros. Não é “um milagre” que acontece de um dia para outro, mas com o acompanhamento certo e com dedicação, também vai conseguir atingir os seus objetivos

Categoria – Testemunhos – As nossas histórias, que podem ser a sua!

Hoje apresentamos-lhe um caso de saúde, porque a nutrição não trata “o peso” ou apenas a gordura, mas sim a saúde no seu todo. Por vezes, sintomas desagradáveis relacionados com o que comemos tornam-se impossíveis de tolerar, com verdadeiro impacto na nossa qualidade de vida. Este é mais um caso de sucesso Diário de uma Dietista:

 

1. Como conheceu o Diário de uma Dietista?

R: Através de uma pesquisa no Google.

 

2. O que a levou a marcar consulta?

R: Na sequência de uma crise prolongada de distensão abdominal e depois de tratamento prescrito por um gastroenterologista, decidi “reaprender a comer”, com vista a reduzir as crises de colite que tenho há muitos anos.

 

3. Conte-nos a sua história, como se sentia antes de vir à consulta?

R: Como a última crise durou um mês – a mais longa de sempre – caracterizando-se por uma enorme distensão abdominal – a maior de sempre – decidi recorrer,  pela primeira vez na vida , a uma nutricionista. E em boa altura o fiz.

Para além de reduzir/atenuar estas crises, queria recuperar 3 a 4 kg que perdi, tendo chegado aos 47/48kg. Tenho 1,50m e o peso ideal para manter a energia necessária para fazer as actividades de que gosto é de 51/52kg, peso que tenho desde os 30 anos.

Durante muitos anos apenas fazia duas refeições – o apetite não é grande – e apenas gosto de fruta e produtos lácteos, não tendo qualquer prazer em comer carne, peixe e legumes. Comer é um frete, nunca tenho apetite, sendo capaz de estar 12 a 14 horas sem comer.

 

4. Que objetivos atingiu? O que aprendeu/mudou?

R: Tenho de introduzir mudanças radicais (é um percurso que se vai fazendo e algumas alterações não são fáceis (deixar definitivamente os gelados exige o mesmo sacrifício e força de vontade que deixar de fumar!).

Tenho de introduzir duas mini refeições (pequeno almoço e lanche, que não fazia há décadas) e não está a ser fácil. Como as digestões são muito lentas, isso exige conhecimento do tipo de alimentos que devo escolher.

Para além dos objetivos iniciais, no decurso das consultas procurei saber como o exercício físico e a alimentação adequada podem contribuir para reduzir a flacidez. Desde sempre a ocupação preferencial dos meus tempos livres eram os jogos em grupo e a ginástica e o gosto pela atividade física acompanhou-me ao longo da vida, mas nunca tive qualquer objetivo específico, fazendo-o por prazer. Os conhecimentos da Drª Margarida nesta matéria vão-me ser úteis para aumentar o peso e não a gordura corporal. Como iniciei as consultas com 69 anos, trata-se mais de uma experiência/teste pessoal do que um objectivo, pois sei que a idade é um factor fundamental a ter em conta embora não seja determinante, pois hoje faço uma actividade física mais regular, mais adaptada a mim e até mais intensa em alguns aspetos do que fiz ao longo da vida.

 

5. A sua saúde/ doença sofreu alterações? Se sim, quais?

R: Episódios de dilatações/distensões abdominais cada vez menos frequentes e ao fim de uns meses a sensação completamente nova do abdómen não inchar após as refeições, “esquecendo-me” da existência do intestino, cujos problemas eram crónicos. Aumento gradual de peso (estou nos 49/50kg).

 

6. Como descreve a sua relação com a nutricionista?

R: Excelente, o acompanhamento que a Drª Margarida faz tem em conta a minha personalidade e o meu estilo de vida, não “forçando” mudanças que sabe que não estou ainda apta a fazer. Se assim não fosse, muito provavelmente já teria desistido.

 

7.Como se sente a nível psicológico/emocional após o tratamento?

R: Surpreendida com as melhoras que senti após alguns meses e aliviada por me “esquecer” de que tenho um aparelho digestivo após as refeições. Agora é necessário interiorizar que há hábitos novos a adquirir e outros a abandonar definitivamente.

Uma aprendizagem de grande utilidade para mim foi conseguir identificar os comportamentos alimentares que me fazem mal, sendo uma ferramenta que me irá servir para o futuro. Posso repetir erros, mas sabendo que as crises vão voltar.

 

8. Voltaria a recorrer ao nosso acompanhamento? porquê?

R: Claro e continuo, apesar de ter alcançado os objectivos principais, pois o trabalho agora é fundamentalmente meu, mas sinto que ainda não estou pronta para ficar por minha conta e as consultas servem para me obrigar a disciplinar e a fazer balanços periódicos, para além de consolidar a aprendizagem no que respeita a “saber comer”. Saber ler os rótulos, escolher os produtos e os alimentos. Por vezes há mudanças simples que fazem toda a diferença.

 

Porque Alimentação Saudável não é Dieta,

é Estilo de Vida!