5 alimentos do Mundo que estão na moda
Como vai caro leitor?
O assunto de hoje é sobre “novidades/antiguidades”, que é como quem diz, alimentos que para nós (portugueses) são novos, mas que para outros povos existem há séculos. Hoje são aqui distinguidos pelas suas características únicas e valor nutricional excepcional.
A alimentação em Portugal tende a enquadrar-se nos padrões da chamada Dieta Mediterrânica, classificada como património cultural imaterial da humanidade, pela UNESCO. Nas últimas décadas, tudo se globalizou, até a alimentação. Tem-se assistido à “invasão” de determinadas práticas, costumes e alimentos, que atualmente rivalizam com a dieta mediterrânica, principalmente nos centros urbanos. Começando nos anos 90 pela introdução da americana fast-food (hambúrgueres com batata frita), hoje em dia, conseguimos encontrar restaurantes de todo o mundo:
- Italianos
- Brasileiros
- Argentinos
- Mexicanos
- Israelitas
- Nepaleses
- Indianos
- Chineses
- Japoneses
- Espanhóis (tapas)
- Marroquinos
- Tailandês
Para além destes, outras correntes de alimentação foram ganhando adeptos, passando também a ser presença assídua em espaços comerciais:
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Vegetarianos
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Macrobióticos
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Ayurvédicos
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Vegans
A verdade é que com eles trouxeram novos e inesperados ingredientes, temperos, alimentos, bebidas… “bons e maus”, mas novos! É claro que a indústria “não dorme” e rapidamente se adapta, colocando no mercado os produtos mais populares (ainda que a preços pouco convidativos). Pois bem, é de alguns desses que falamos hoje.
1. Bagas Goji
Originárias do Noroeste da China e do Tibete e usadas pelos chineses há milhares de anos, faz parte dos cerca de 8000 ervas e alimentos constituintes da Medicina Tradicional Chinesa.
O Goji é um fruto constituído por pequenas bagas vermelhas, que são desidratadas ao sol ou a temperaturas inferiores a 40ºC e consumidas nas formas seca e crua. As bagas de Goji pode ser adquiridas em supermercados e ervanárias. São encontradas em pacotes e a sua utilização mais habitual é através de preparados de pequeno-almoço com outras frutas secas ou frescas.
São excelentes fontes de proteína completa, contendo 18 aminoácidos diferentes, entre os quais 8 essenciais ao nosso organismo, 21 minerais, onde se destacam o zinco, cobre, ferro, cálcio, fósforo e selénio. Tem vitaminas B1, B2, B6 e vitamina E, e também polissacarídeos, que contribuem para a fortificação do sistema imunitário e anti-envelhecimento.
Com propriedades antioxidantes e anti-cancerígenas, fortalece o organismo contra as doenças cardiovasculares e inflamatórias, problemas na visão, doenças do sistema neurológico e imunitário. Aumenta ainda os níveis de energia do corpo, auxilia no processo digestivo e na perda de peso. Apresenta aminoácidos que estimulam o funcionamento das células brancas até 300%, evitando o desenvolvimento de constipações, gripes ou resfriados.
São indicados em tratamentos de algumas doenças, como o cancro, tuberculose, problemas cardíacos, deficiências imunes, hipertensão, colesterol, depressão, insónia e ansiedade. Ajuda também a aliviar as dores provocadas pela menstruação e na regulação dos níveis de insulina dos diabéticos.
Como saborosos e ricos em nutrientes são aconselhados na preparação de refeições, como saladas de fruta, batidos e com cereais de pequeno-almoço. Podem ser misturados com outras frutas secas ou frescas e em chás.
2. Sementes de chia (salvia hispânica)
Conhecidas por serem um “super alimento” no tempo dos incas e maias
Estas sementes de forma oval com 2mm de comprimento, são oriundas do México e Guatemala, e eram consideradas um super alimento para os incas e maias, sendo que os seus guerreiros alimentavam-se alguns dias só com estas sementes em tempos de batalhas. O significado de Chia é “força”, pela energia que proporciona e naquela época valiam mais do que o próprio ouro.
Benefícios:
em antioxidantes superior ao dos mirtilos.
Uma receita simples saciante e laxante:
Triturar polpa de manga (ou papaia) com um pouco de água, depois adicionar 2 colheres de chá de sementes de chia, misturar bem e levar ao frigorífico 15 minutos. Consumir de seguida.
3. Quinoa
A quinoa (Chenopodium quinoa) é uma planta oriunda da Colômbia, Peru e Chile, que produz um grão, utilizado na alimentação do homem há cerca de 8 mil anos. Conhecida também como “grão de ouro” e “trigo dos Incas” era um dos principais alimentos utilizados para a sobrevivência dos povos, resultante da sua riqueza nutricional.
Este pseudo-cereal é conhecido pela sua riqueza em proteínas, quando comparado com outros cereais. A quinoa tem quantidades notáveis de lisina e metionina, os dois aminoácidos mais deficitários entre as proteínas vegetais (ex. soja). A quinoa também é fonte de cálcio, magnésio, manganês, ferro, vitaminas do complexo B, em particular as vitaminas B1, B2 e B3.
Possui gorduras “boas” ómegas 3 e 6, sendo um alimento de baixo índice glicémico.
Como contém muito pouco glúten é indicado para os doentes celíacos.
Uso culinário:
O consumo de quinoa é mais difundido na forma de grãos, podendo ser utilizado na confeção de pães, pudins e massa para biscoitos. Contudo, é mais comum ver-se introduzido em saladas, sopas ou em
substituição do arroz.
4. Óleo de Coco
Atualmente é sabido que existem gorduras saudáveis e não saudáveis. Na cozinha portuguesa é comum encontrar-se o azeite virgem que contém essencialmente gorduras monoinsaturadas. No mercado existem poucas alternativas saudáveis ao azeite, contudo, de origem asiática, surgiu recentemente no mercado o óleo virgem de coco. Este é rico em gorduras saturadas saudáveis, ou seja, que ajudam na regulação do colesterol, dos triglicéridos, da glicémia e do peso corporal. É ainda um estimulador do mestabolismo, um regulador do trânsito intestinal e um antinflamatório.
Pode-se usar o óleo de coco para temperar saladas e na confeção de qualquer prato que leve óleo, azeite, manteiga ou margarina na sua composição, como, por exemplo, arroz, refogados, grelhar carnes e na confecção de bolos e tortas. A quantidade deve ser exatamente a mesma. Por exemplo, se a receita original indica 2 colheres de óleo ou de azeite, troque por 2 colheres de óleo de coco.
Veja as suas propriedades nutricionais completas aqui.
Encontra-o à vendas nas “áreas saúde” das grandes superfícies e de ervanárias.
5. Húmus
Informação nutricional do húmus comercial |
O Homus ou Húmus é uma receita antiga dos povos do Médio Oriente. Em termos culinários pode-se considerar um patê e portanto é ideal para acompanhar pão ou tostas, mas pode também ser usado para acompanhar saladas.
Os dois principais ingredientes desta pasta são o grão-de-bico e tahine (sementes de sésamo), por essa razão o húmus é rico em
proteínas, gorduras “boas” mono e polinsaturadas e em fibra.
O húmus é ainda totalmente isento de açúcar, lactose e cereais com glúten, sendo uma ótima opção para doentes celíacos e para pessoas em emagrecimento.
Podemos encontrar húmus na maioria das superfícies comerciais e também em celeiros/dietéticas. Em alternativa pode sempre fazer o seu próprio húmus caseiro:
Receita caseira de Húmus
(4 pessoas | 15 minutos)
Ingredientes:
1 embalagem de grão de bico
3 dentes de alho 1 colher de sopa de sementes de sésamo
4 colheres de sopa de azeite
1 talo de aipo
1 beterraba pequena
1 colher de café de cominhos
Modo de preparação:
Torre as sementes de sésamo no forno ou numa frigideira sem gordura. Num liquidificador junte o grão, o alho, o sésamo, o azeite, um pedaço de aipo com cerca de 10cm cortado miudamente e metade dos cominhos.
Sirva quente ou frio, com uns gomos de beterraba e uma folha de aipo. Polvilhe com os restantes cominhos e sirva com tostas ou pão com sésamo.