Vitamina E & Cérebro

JULHO #mêsdocérebro

Voltamos para lhe falar sobre uma vitamina decisiva para a saúde do sistema nervoso:

Vitamina E

A Vitamina das Plantas!

A vitamina E, também designada por tocoferol, é uma vitamina lipossolúvel, exclusivamente produzida por plantas e presente nos seus óleos.

O termo “vitamina E” inclui 8 compostos:

4 são chamados tocoferóis e outros 4 são tocotrienóis, sendo identificados pelos prefixos α-, β-, γ- e δ-.

No corpo humano, encontra-se armazenada nas membranas das mitocôndrias, no fígado, em hemácias, no tecido adiposo e em inúmeros órgãos e glândulas (coração, músculos, testículos, útero, sangue, glândulas suprarrenais e hipófise)

Por ser solúvel em gordura, a carência nutricional de vitamina E é rara, ainda assim pode acontecer em pacientes com alterações da ingestão/absorção (ex. doença inflamatória do intestino, cirurgia bariatria, anorexia nervosa…).

A par com a vitamina E, é necessário ingerir vitamina C (ácido ascórbico), uma vez que esta a recicla enquanto antioxidante. Por sua vez, para regenerar o ácido ascórbico é necessária glutationa, enzima antioxidante endógeno, dependente de selénio e riboflavina (vitamina B2). Portanto, não basta consumir um nutriente ou suplementa-lo, pois poderá até desestabilizar estes ciclos metabólicos. Há que fazer uma alimentação saudável, equilibrada e variada e suplementar sempre que o médico ou nutricionista o aconselhem de acordo com exames clínicos e análises laboratoriais.

Ciclo da regeneração do tocoferol pelo ascorbato (vitamina C)

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Top25: Vitamina C

Dose diária recomendada de ingestão

Principais fontes alimentares

Fonte: Tabela de Composição de Alimentos Portuguesa

Vitamina E essencial ao cérebro

aqui vimos que as células cerebrais, ricas em gordura polinsaturada nas suas membranas, são especialmente vulneráveis ao stress oxidativo provocado pelos radicais livres, causando a sua oxidação e degeneração.

Deste modo, o consumo adequado de vitaminas, minerais e antioxidantes na alimentação é essencial, uma vez que conseguem estabilizar estas moléculas e impedir a sua deterioração.

Apesar dos inúmeros estudos in-vivo e in-vitro e revisões sobre “suplementação em vitamina E e atraso na progressão da demência”,  e dos seus resultados promissores, os resultados em humanos ainda não foram conclusivos! Provavelmente pela etiologia variada das doenças neurodegenerativas, em especial, o “mal d’Alzheimer”, pelo que será necessário continuar a investigação! 

Evidência científica robusta:

  • Doentes com demência e Alzheimer têm menos vitamina E nas membranas celulares neuronais.
  • Níveis elevados de vitamina E reduzem o risco de desenvolvimento de Alzheimer em pessoas idosas.

Ainda assim, não se recomenda a suplementação em vitamina E, a não ser vigiada pelo médico, pois doses muito elevadas poderão causar interações com medicamentos, como os anticoagulantes, e ser responsáveis por hemorragias e enfarte hemorrágico.

LEMBRE-SE:

Sempre que possível devemos poupar o nosso corpo da ingestão de tóxicos, açúcar, gordura “más”, produtos processados… e, em complemento, dar-lhe o que precisa para funcionar de forma equilibrada e se defender do exterior: não é mais do que alimentação variada e estilo de vida saudável.

Venha tratar de Si hoje, não espere pela doença.