Testemunho #2: Da vida ativa à reforma

Como vai caro leitor?

Voltamos para mais um testemunho de mudança de estilo de vida, para lhe demonstrar que não há barreiras quando há querer. No primeiro testemunho contámos a história de alguém que tinha quase metade do seu peso para perder e que conseguiu com a sua força, dedicação e confiança (visite: Testemunhos: Dos 130 aos 75!).

Hoje vamos tentar ultrapassar outro mito da nutrição: o aumento do peso (quase obrigatório) na menopausa, no desemprego e na reforma. É verdade que o corpo sofre grandes transformações nesta fase do ciclo de vida. O humor varia, a fome aumenta, os calores aparecem quando menos se espera e a comida torna-se um “calmante”. Convidamo-lo a ler o nosso artigo: Menopausa & Alimentação.  Contudo, mais uma vez, tudo reside na nossa mente. O metabolismo “abranda” de facto, devido às súbitas alterações hormonais, mas há forma de “lhes dar a volta”. A prova disso está no testemunho que se segue:

Olá Doutora.

    Em primeiro lugar queria agradecer-lhe pela ajuda que me foi dando durante este meu processo que já conta com 6 meses: Ajuda nas dúvidas, nos medos…
    Não lhe posso esconder que comecei este percurso porque engordei 10kg, após ficar sem emprego e entretanto reformada. Ao ficar em casa todo o dia, o alento vinha do pão e das bolachas.
     Fui sempre cuidadosa com a minha alimentação, nunca fui obesa e por isso sentia-me muito mal nessa altura. Tenho a certeza que foi o sistema nervoso que mais contribuiu para esta alteração de comportamento alimentar.
    O Clic deu-se quando fui à médica de família, depois de fazer uma tac  às articulações, que estavam muito danificadas pelo excesso de peso, sendo urgente emagrecer. Também nessa fase, fui acompanhar a minha sogra a uma consulta de obesidade mórbida e vendo tanta obesidade, mesmo em gente jovem, logo decidi que no dia seguinte iria pedir ajuda.
    Nada na vida acontece por acaso:
    O meu genro que sempre praticara musculação, mas também ele com peso a mais, veio passar o fim de semana a minha casa. Foi quando reparei que estava mais magro e que já não comia da mesma maneira. Questionado, contou-me que estava a seguir a dieta Paleo. Ao início foram também essas as orientações que segui, até porque o meu problema era o excesso de alimento ricos em hidratos de carbono. “Larguei” o pão, a massa, o arroz branco e tudo o que tivesse açúcar. Aprendi a cozinhar de forma mais saudável, até os bolos, doces e gelados. Mantive a forma de cozinhar a carne e o peixe, mas os  seus acompanhamentos, esses sim, são bem diferentes: legumes e saladas estão sempre presentes nas minhas refeições, assim como a batata doce. Também introduzi na minha dieta as frutas frescas, os frutos secos, as sementes mais variadas, o kefir e os ovos.
     Atualmente…
     já não consigo comer de outra maneira, porque me sinto tão bem, a todos os níveis. Nem azia voltei a ter, antigamente ela incomodava-me todos os dias. Tenho 62 anos, meço 1,52m e 56,5kg. Há 6 meses atrás com 66,5kg custava-me a andar, hoje todos os dias faço 60 minutos de caminhada. Não sigo à risca a alimentação Paleo, procurando orientações no seu blog e noutras páginas de alimentação saudável.
Obrigada e disponha sempre.
     Nós é que agradecemos à sra  FC pelo seu testemunho inspirador de mudança. Não são barreiras como a idade, o desemprego ou a reforma que nos fazem ser menos saudáveis. A mudança está em nós. Como nos contou, por vezes precisamos de um “clic” para que tudo volte a fazer sentido.
    Inspire-se e comece hoje a mudar o seu estilo de vida.
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