Testemunho #11: “Agora tenho uma relação saudável com a comida”

Como vai caro leitor?

Estamos prontos para conhecer mais um testemunho de mudança de estilo de vida! É verdade que a maioria das pessoas vem à consulta com o intuito de emagrecer. Contudo, esse não é o maior foco do nosso tratamento, mas sim a relação do paciente com a comida, ou seja, o seu comportamento alimentar.

Hoje apresentamos-lhe o caso da CC, que veio à nossa consulta para perder peso e também para perceber melhor o seu

“intestino” que flutuava entre obstipado ou “solto”. Para além disso, apesar de jovem, a CC tem uma história de dietas restritivas, acompanhadas de treinos intensos que a levavam a fases de descontrolo e assim à flutuação do peso e mesmo dos sintomas intestinais. O que fizemos com a CC foi simples: trabalhámos a sua relação com a comida.  A partir daí tudo melhorou: o seu peso passou de 61kg para 54kg, a sua massa gorda de 25% para 19%, os seus sintomas passaram a ser menos frequentes, o seu comportamento alimentar menos restritivo e hoje a CC não faz dieta! Leia a sua história nas sua próprias palavras:

 

1.Como conheceu o Diário de uma Dietista?

R: Através de outros blogues.

 

2.O que a levou a marcar consulta?

R: O facto de já ter colite há alguns anos, de querer adequar a minha alimentação ao meus treinos regulares e de querer ter uma relação mais saudável com a comida.

 

3.Conte-nos a sua história, como se sentia antes de vir à consulta?

R: Um dos meus principais problemas eram os meus extremos: tanto durante a semana me privava bastante, com um consumo reduzido de hidratos de carbono, por exemplo, como durante o fim de semana “compensava” essa privação e comia tudo e mais um bocadinho. Portanto durante a semana, que era quando treinava, estava muitas vezes com fome e isso muitas vezes reflectia-se nos meus treinos e não conseguia dar o meu melhor. Durante o fim de semana era o oposto, o que acabava por se reflectir em inchaço, crises de colite e não só… muita consciência pesada. Por isso penso que a minha relação com a comida não era a mais saudável.

 

4.Que objetivos atingiu? O que aprendeu/mudou?

R: Para além de ter perdido cerca de 7kg (que atenção, não foram apenas gordura, foram também água o que mostra o meu inchaço na altura), também aprendi muito sobre como me relacionar com a comida. Agora faço lanches regulares, evito sempre chegar a picos de fome, vario bastante a minha alimentação e sim também como uns doces e outras coisas que saem do meu plano. E não faz mal. Aprendi a como saber sair do plano, de uma forma saudável, consciente. Por isso não deixo de comer bolo de anos, de ir jantar com os meus amigos e família… apenas faço escolhas que me permitem comer o que gosto e manter o equilíbrio.

 

5.A sua saúde/ doença sofreu alterações? Se sim, quais?

R: Tinha e tenho colite e algumas desregulações intestinais. Não posso dizer que desapareceram totalmente porque surgem associadas ao stress, mas sei como lidar melhor com as crises e acima de tudo como as evitar. Sei que alimentos devo evitar e quais devo privilegiar.

 

6.Como descreve a sua relação com a nutricionista?

R: Sinto-me à vontade para poder dizer quando sinto que “exagerei”, sei que não vou ser julgada e vou em vez disso aprender a lidar com esses exageros. Sei que posso fazer as perguntas que quiser, sempre com bastante disponibilidade por parte da minha nutricionista.

 

7.Como se sente a nível psicológico/emocional após o tratamento?

R: Sinto que sei lidar muito melhor com a comida, sei gerir o que como e como conscientemente. Por isso deixa de existir a consciência pesada. Quando como algo “menos saudável”, como porque quero, sei que posso e faço-o equilibradamente. Uma das maiores provas para mim mesma de que mudei a minha relação com a alimentação foi que consegui estar fora do país durante dois meses, fora da minha zona de conforto e consegui adaptar-me às circunstâncias. Voltei como estava antes de ir e não deixei, claro, de provar as iguarias do país! No passado já tinha estado fora e tinha sido a vez em que mais aumentei de peso, acho que sou uma pessoa diferente actualmente.

 

8.Voltaria a recorrer ao nosso acompanhamento? porquê?

R: Sim, sem dúvida. Gostei muito de aprender mais sobre a alimentação, sinto-me mais leve, não só na balança, mas de espírito. Recomendo a qualquer pessoa que queira aprender mais sobre como se alimentar correctamente.

 

9.O que distingue o Diário de uma Dietista de outros serviços de nutrição?

R: É equilibrado, sem extremismos. Promove uma alimentação que é possível manter para sempre e não uma dieta que é apenas uma coisa temporária, explicando sempre as razões de devermos comer uns alimentos em detrimento de outros. Afinal de contas ninguém aguenta estar de dieta para sempre!

 

Não ignore os seus sintomas. A alimentação pode mesmo mudar a sua vida.