Testemunho #10: Da compulsão ao equilíbrio

Como vai caro leitor?

Voltamos para mais um testemunho inspirador. Estas histórias de vida são, de facto, a prova de que “não acontece só aos outros” e que se outros conseguiram, com certeza também conseguirá.

As alterações do comportamento alimentar estão na base do aumento do peso ao longo da vida. A chamada “Alimentação emocional” é uma realidade que impede a pessoa mais preocupada de conseguir manter um estilo de vida saudável, gerando frustração e diminuindo a auto-estima.

São muitos os casos que nos chegam às consultas, uns mais graves do que outros, uns que conseguimos ajudar, outros nem tanto, pela elevada taxa de desistência. Ou seja, são pessoas que rapidamente se “frustram” quando os resultados não são os que esperam. E como explicámos no nosso artigo mais recente “Acompanhamento semanal, porquê?“, a mudança de hábitos é fruto do tempo. Há que ter perseverança para enfrentar as dificuldades.

Este foi também o caso que testemunhamos hoje. Uma jovem que chegou à nossa consulta com uma história de doença do comportamento alimentar, mas que com o devido acompanhamento e aceitando os “altos e baixos” deste processo, hoje mudou totalmente a sua atitude perante a alimentação e mesmo perante ela própria:

A SA chegou à nossa consulta com 23 anos e cerca de 66kg, com grande restrição alimentar seguida de episódios de compulsão. Hoje, com 26, é uma jovem saudável, com 57kg, ativa e com uma alimentação equilibrada. Destacamos que este acompanhamento já tem mais de 3 anos, que só com tempo se mudam comportamentos e se adquirem hábitos. “Rápido e bem, não há quem”.

Leia esta história, nas suas próprias palavras:

 

1.Como conheceu o Diário de uma Dietista?

R: Conheci a Dra. Catarina através de uma colega da faculdade. Só após algum tempo, é que conheci o “Diário de uma dietista” através do Facebook.

 

2. O que a levou a marcar consulta?

R: Os resultados evidentes que a minha colega apresentava, que me levaram a perguntar-lhe o que é ela estava a fazer para mudar a sua aparência.

 

3. Conte-nos a sua história, como se sentia antes de vir à consulta?

R: Na altura em que procurei ajuda à Dra. Catarina, sentia-me gorda e com vergonha do meu corpo, bastante desconfortável com o meu físico. Durante a minha adolescência, tinha sofrido distúrbios alimentares, como anorexia e depois bulimia. Na altura em que recorri à ajuda da Dra. Catarina, ainda sofria de Ingestão Alimentar Compulsiva, e com isso associava-se a Culpa. Era ainda bastante instável e com muitas dificuldades. Já tinha conhecido outros nutricionistas que seguiam algumas dietas estereotipadas. Portanto, sabia como emagrecer (quando conseguia seguir os planos propostos), não sabia era como me manter feliz e cumprir esses regimes a longo prazo (que ainda hoje me parecem inalcançáveis e inapropriados).

 

4. Que objetivos atingiu? O que aprendeu/mudou?

R: O meu maior objectivo foi conseguir encontrar o meu equilíbrio tanto físico como psicossocial.

A Dra. Catarina fez com que eu conhecesse o meu corpo e as minhas limitações, mas acima de tudo deu-me ferramentas para conseguir contrabalançar os meus desejos de uma forma saudável. Com ela encontrei um modo de vida que me faz sentir bem, confortável com o meu corpo e confiante com as minhas decisões alimentares.

 

5. A sua saúde sofreu alterações? Se sim, quais?

R: Sim, inclusivamente, a nutrição associada a apoio médico permitiu-me melhorar algumas alterações gastrointestinais e hormonais de que sofria quando iniciei este acompanhamento.

 

6.Como descreve a sua relação com a nutricionista?

R: Considero a nossa relação, uma relação terapêutica onde existe bastante confiança. Nesta relação sempre me senti segura, fruto de uma excelente orientação, bem informada e motivante. Nunca me senti nem castigada, nem menosprezada ou que tenham desistido de mim. Na consulta, a Dra. Catarina sempre me deu “voz”, mas também sempre me deu a sua opinião sincera sem nunca deixar de me guiar.

 

7. Como se sente a nível psicológico/emocional após o tratamento?

R: Sinto-me mais feliz, mais confortável comigo mesma e mais saudável. É incrível, o quanto eu cresci com esta consulta. Neste momento, sei tomar as melhores decisões para mim sem sentir culpa ou privação.  Encontrei um bom equilíbrio e aprendi a gostar de mim.

 

8.Voltaria a recorrer ao nosso acompanhamento? porquê?

R: Considero que o meu caso deve ser monitorizado e portanto faz-me sentido continuar a recorrer a acompanhamento, apesar de ser com menor frequência.

À parte disso, faz-me sentido que se recorra a acompanhamento nutricional em varias fases da vida. Pois, nesta equipa cada plano é personalizado consoante as características de cada pessoa como o seu estilo de vida e à sua fase de vida.

A alteração do tipo de trabalho e/ou de horários; alterações hormonais, como gravidez e menopausa; ou despiste de patologias, como diabetes; justificam, no meu entender, acompanhamento nutricional de forma a manter e/ou promover saúde. Porque na verdade, nós somos mesmo aquilo que comemos.

Quanto à escolha de qual o acompanhamento, não escolheria outro senão o desta Equipa.

 

9.O que distingue o Diário de uma Dietista de outros serviços de nutrição?

R: O “Diário de uma Dietista” é tal e igual como se apresenta: uma equipa jovem, muito querida, bastante presente (tanto nas consultas como em plataformas on-line), que vê a pessoa como um todo, preocupando-se não só com planos alimentares mas também com a Saúde e o Comportamento Alimentar de cada paciente.

Obrigada SA pelo seu testemunho inspirador, que nos mostra as várias vertentes do acompanhamento nutricional, desvalorizando o peso e sim enfatizando a saúde física, psicológica e emocional.